sexta-feira, janeiro 29

Vacina contra gripe A (H1n1)


O governo vai vacinar, a partir do dia 8 de março, 62 milhões de pessoas em todo o Brasil contra a gripe A(H1N1). Somando os que receberão uma dose contra a gripe comum, o número chegará a 81 milhões de pessoas, o maior contingente de brasileiros a serem vacinados contra uma epidemia no País. A estratégia de prevenção à segunda onda da gripe A(H1N1), que matou pelo menos 1.075 brasileiros no ano passado e acometeu outros 39.679, é evitar que a pandemia cause mais óbitos e doentes. O governo ainda vai manter um estoque de 13 milhões de vacinas.

A vacinação será feita por etapas. De 8 a 19 de março serão vacinados trabalhadores de saúde e de laboratórios de investigação. Cerca de 600 mil indígenas também receberão a imunização neste primeiro momento. Para chegar aos locais mais distantes da Amazônia, o governo contará com a ajuda da Força Aérea Brasileira e da Marinha.

A segunda etapa vai de 22 de março a 2 de abril e atenderá aos doentes crônicos, como diabéticos, portadores de câncer e aids e obesos mórbidos. Estima-se que 13 milhões de pessoas se enquadrem nessa categoria. Também entram na segunda etapa crianças de seis meses a 2 anos e grávidas. A terceira etapa – de 5 a 23 de abril – imunizará jovens de 20 a 29 anos. A quarta vai de 24 de abril a 7 de maio e contemplará idosos com doenças crônicas. Esse pessoal também será vacinado contra a gripe comum.

A decisão de incluir crianças pequenas e jovens adultos no grupo de risco foi tomada, segundo o Ministério da Saúde, porque essas faixas etárias concentraram um grande número de casos graves e mortes em 2009.

Ao atender as pessoas mais suscetíveis ao contágio, o governo espera reduzir significativamente o ciclo de transmissão pelo vírus. “A população precisa entender que há um critério de prioridade e de vulnerabilidade. Vacinar pelo menos um terço da população brasileira já traz uma redução enorme da circulação viral e tem um impacto extremamente importante. Eu não estou excluindo (grupos)”, defendeu Temporão.

Além das vacinas, o governo gastou R$ 424,5 milhões para ampliar o número de tratamentos para a doença. Para atender aos casos graves da gripe, o Brasil terá 21,9 milhões de tratamentos.

O Tamiflu também estará disponível em farmácias populares – a preços subsidiados pelo governo – e, havendo disponibilidade, em farmácias tradicionais.

Para evitar que a população se automedique, criando resistência ao Tamiflu, o governo determinou que o remédio só poderá ser vendido com retenção da receita médica nas farmácias. Na estratégia de combate à segunda onda da gripe o governo já gastou R$ 1 bilhão com as vacinas e R$ 525 milhões com o reforço do atendimento ambulatorial e hospitalar. A partir de maio, hospitais da rede pública receberão uma enxurrada de novos equipamentos para atender os doentes.

Fonte: Jornal do Commercio, Brasil, 27/01/2010

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