sábado, fevereiro 28

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SENTAR-SE À JANELA...

Vale a pena ler...
 

O jovem advogado, certo dia, deu-se conta de como as pequenas coisas 
são importantes na vida, e escreveu o seguinte:
 
  
Era criança quando, pela primeira vez, entrei em um avião. A 
ansiedade de voar era enorme. Eu queria me sentar ao lado da janela de 
qualquer jeito, acompanhar o vôo desde o primeiro momento e sentir o avião 
correndo na pista cada vez mais rápido até a decolagem.
 
Ao olhar pela janela via, sem palavras, o avião rompendo as nuvens, 
chegando ao céu azul. Tudo era novidade e fantasia. Cresci, me formei, e 
comecei a trabalhar. No meu trabalho, desde o início, voar era uma 
necessidade constante.
 
As reuniões em outras cidades e a correria me obrigavam, às vezes, a 
estar em dois lugares num mesmo dia. No início pedia sempre poltronas ao 
lado da janela, e, ainda com olhos de menino, fitava as nuvens, curtia a 
viagem, e nem me incomodava de esperar um pouco mais para sair do avião, 
pegar a bagagem, coisa e tal. O tempo foi passando, a correria aumentando, e
já não fazia questão de me sentar à janela, nem mesmo de ver as nuvens, o 
sol, as cidades abaixo, o mar ou qualquer paisagem que fosse.
 
Perdi o encanto. Pensava somente em chegar e sair, me acomodar rápido 
e sair rápido. As poltronas do corredor agora eram exigência . Mais fáceis 
para sair sem ter que esperar ninguém, sempre e sempre preocupado com a 
hora, com o compromisso, com tudo, menos com a viagem, com a paisagem, 
comigo mesmo.
 
Por um desses maravilhosos "acasos" do destino, estava eu louco para 
voltar de São Paulo numa tarde chuvosa, precisando chegar em Curitiba o mais
rápido possível. O vôo estava lotado e o único lugar disponível era uma 
janela, na última poltrona. Sem pensar concordei de imediato, peguei meu 
bilhete e fui para o embarque. Embarquei no avião, me acomodei na poltrona 
indicada: a janela. Janela que há muito eu não via, ou melhor, pela qual já 
não me preocupava em olhar. E, num rompante, assim que o avião decolou, 
lembrei-me da primeira vez que voara. Senti novamente e estranhamente aquela
ansiedade, aquele frio na barriga. Olhava o avião rompendo as nuvens escuras
até que, tendo passado pela chuva, apareceu o céu.
 
Era de um azul tão lindo como jamais tinha visto. E também o sol, que 
brilhava como se tivesse acabado de nascer.
 
Naquele instante, em que voltei a ser criança, percebi que estava 
deixando de viver um pouco a cada viagem em que desprezava aquela vista.
 
Pensei comigo mesmo: será que em relação às outras coisas da minha 
vida eu também não havia deixado de me sentar à janela, como, por exemplo, 
olhar pela janela das minhas amizades, do meu casamento, do meu trabalho e 
convívio pessoal?
 
Creio que aos poucos, e mesmo sem perceber, deixamos de olhar pela 
janela da nossa vida. A vida também é uma viagem e se não nos sentarmos à 
janela, perdemos o que há de melhor: as paisagens, que são nossos amores, 
alegrias, tristezas, enfim, tudo o que nos mantém vivos.
 
Se viajarmos somente na poltrona do corredor, com pressa de chegar, 
sabe-se lá aonde, perderemos a oportunidade de apreciar as belezas que a 
viagem nos oferece.
 
 
Ademais, pode ser que ao descer do avião da vida já não encontremos 
ninguém a nossa espera.
 
Pense nisso!
 
Se você também está num ritmo acelerado, pedindo sempre poltronas do 
corredor, para embarcar e desembarcar rápido e "ganhar tempo", pare um pouco
 
e reflita sobre aonde você quer chegar.
 
A aeronave da nossa existência voa célere e a duração da viagem não é 
anunciada pelo comandante.
 
Não sabemos quanto tempo ainda nos resta. Por essa razão, vale a pena 
sentar próximo da janela para não perder nenhum detalhe.
 
Afinal,"a vida, a felicidade e a paz são caminhos e não destinos".
 


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