quinta-feira, junho 11

Livro: A Viagem de uma Alma

Category: Books
Genre: Religion & Spirituality
Author: Peter Richelieu
"Não vim para convertê-lo a qualquer nova fé, a qualquer filosofia nova. Eu fui mandado ao senhor por aquele que é o meu Mestre, a fim de fornecer respostas para as perguntas que o intrigam presentemente. A única forma através da qual eu posso fazer isso é falar-lhe sobre os fatos fundamentais da vida, na esperança de que assim adquira um embasamento de conhecimentos, e com eles possa construir uma filosofia própria. Também lhe darei assistência na obtenção da experiência prática, por intermédio da qual possa provar muitas coisas a si mesmo (...) Não desejo que o senhor aceite o que eu digo como fatos ou verdades, porque só poderá pensar assim quando chegar a saber essas coisas dentro de sua própria consciência.
Há uma velha frase do senhor Buda, fundador da religião que tem seu nome, fase que ilustra o que eu digo. Um dia, um de Seus discípulos veio ter com Ele, e disse: "Senhor, em quem devo acreditar? Um homem diz-em isto, outro diz-me aquilo, e ambos parecem seguros de terem razão". O senhor Buda respondeu:
"Meu flho, não acredite no que homem algum te disser, nem mesmo em mim, o senhor Buda, a não ser que o que ouves corresponda ao teu senso comum. E, ainda assim, não acredites nele, mas trata o caso como hipótese razoável, até que chegue a ocasião em que possas obter a prova por ti mesmo (..)".
pg. 15

"A primeira lei importante que influi no reino humano é a lei da reencarnação. Essa lei afirma que o ego, uma vez individualizado, volta e torna a voltar a encarnar-se num corpo físico humano, até que tenha aprendido pela experiência adquirida em todos os tipos de ambientes, o total das lições que pode absorver sob condições físicas. quando a força da vida progride através dos reinos vegetal e mineral, essa lei existe em extensão limitada, mas não é muito aparente. No reino animal ela também existe, apenas em extensão limitada, pois ainda não há entidades separadas. Vai se desdobrando, entretanto, durante o período de evolução, depois que o ego se individualizou no reino humano.
A segunda lei importante, que influi sobre os humanos, embora não influa sobre os animais, é a lei do carma - muitas vezes citada como lei de causa e efeito. No momento em que a alma grupal se torna um ego separado, essa lei passa a agir. A lei do carma decreta que cada pensamento, palavra ou ação que emanem do homem deve produzir um resultado definitivo, seja bom ou mau, e que esse resultado deve ser trabalhado por nós em nossas vidas no plano físico. Não há nada injusto nisso, pois, conforme diz o ensinamento cristão, 'colherás o que semeares'.
De acordo com a lei do carma, um ato egoísta de nossa parte, ato que venha a causar imensa angústia a outra alma, recebe uma unidade de mau carma, que deve ser resgatada por nós, através de sofrimentos oriundos dessa mesma ação, por mãos de outrem, seja nesta vida, seja numa outra depois desta. Da mesma maneira, uma boa ação de nossa parte significa o ganho de uma unidade de bom carma, tendo como resultado o resgate de uma unidade de mau carma que tenhamos criado - o bom compensando o mau - ou a dádiva da mesma quantidade de bondade, vinda de outra fonte. Quando um novo ego inicia suas vidas humanas, o número de ações, pensamentos ou palavras, insensatos ou maus, excedem de muito, naturalmente, os de tipo benéfico e, se a lei funcionasse literalmente, o homem levaria uma existência de permanente sofrimento e angústia, causados, inteiramente, por sas próprias ações, palavras e pensamentos, cada um deles produzindo seu justo resultado. Tal vida seria intolerável, impossível de se suportar. O suicídio depressa se tornaria um hábito, entre as almas jovens. Método mais humano é adotado, contudo, e, de acordo com isso, pretende-se que, em qualquer vida, um homem não sofra mais do que pode suportar. E as unidades de mau carma, criadas por ele nessa vida, através da inexperiência, e que não tenham sido resgatadas ou desfeitas por unidades similares de bom carma, são levadas adiante, para que funcionem em vidas futuras. O resultado dessa disposição é que durante as primeiras duzentas ou mais encarnações o homem aumenta o que se pode chamar seu saque a descoberto de um banco. Mas durante todo esse tempo ele estará desenvolvendo oque se chama a voz da consciência. Enquanto essa pequena voz vai sendo construída através da experiência que o ego compila em seus diferentes corpos humanos, ela não chega a influenciar de modo apreciável durante muitas vidas".
pgs. 26-27
 
Esse livro vale a pena ser lido!!!!!!!

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